De dupla enaldista a compositor solo: a trajetória de Mike Pereira

Mike Pereira é um cantor e compositor que ficou conhecido por fazer parte da dupla enaldista TazerCraft, que teve alguns sucessos no cenário musical em 2023, como "Deus é Muito Bom", "Chorando se Foi", "Tomi Tomi Tomi" e "Livro Com seu Nome". A dupla fazia parte de um grupo de cantores e bandas chamado TV Enaldo, que reunia artistas de diversos estilos e gêneros musicais.

No entanto, a carreira de Mike e seu parceiro de dupla, Pac, não decolou como eles esperavam. O último lançamento da dupla, a música "Caso de Desamor", feito em colaboração com a Banda Jornal Uruará, não teve os resultados esperados pela dupla, e a falta de patrocínio e interesse após a dupla ter saído do Grupo TV Enaldo levou ao fim da parceria em agosto de 2023. A dupla até tentou se salvar do flop com uma participação na música "Amo noite e dia", de InuYasha, um cantor que estava em alta na época, mas não adiantou muito.

Hoje, Mike segue sua carreira como compositor solo, e já fez algumas composições de destaque para algumas músicas, como "Eu te levo pra gente se amar" da banda Nico Demo e os Japoneses, "Condor" da banda Tagincais do Vale, "O Nosso Tempo é Hoje" da Banda Creative Squad, e "Pra Recomeçar" da Banda Jornal Uruará. Em uma entrevista exclusiva para a Revista Enaldinho Music, Mike conta um pouco sobre sua trajetória, seus desafios, suas inspirações e seus planos para o futuro.

Como foi a sua experiência como parte da dupla TazerCraft?

Mike: Foi uma experiência muito boa, eu aprendi muito com o Pac, ele é um grande amigo e um ótimo cantor. Nós nos conhecemos no primeiro show de música enaldista do estado de Rondônia, em abril de 2023, e logo nos identificamos com o estilo e o gosto musical. Nós decidimos formar a dupla e começamos a fazer shows em bares, festas e eventos. Em maio de 2023, nós fomos convidados para fazer parte do Grupo TV Enaldo, que era um projeto muito bacana, que reunia vários artistas de diferentes gêneros musicais, e nos deu muita visibilidade e oportunidade. Nós lançamos algumas músicas que fizeram bastante sucesso, como "Deus é Muito Bom", que foi o nosso maior hit, e que chegou a ficar em primeiro lugar nas paradas de rádio e streaming Enaldista.

O que levou ao fim da dupla?

Mike: Infelizmente, nem tudo são flores na música. Nós tivemos alguns problemas com a nossa gravadora, a "Enaldo Vitor Ruan", que não nos deu o apoio e a divulgação que nós precisávamos. Nós também tivemos algumas divergências artísticas com o Grupo TV Enaldo, que queria que nós seguíssemos uma linha mais comercial e pop, e nós queríamos manter uma essência sertaneja. Nós acabamos saindo do grupo, e isso nos prejudicou bastante, porque nós perdemos muitos contatos e oportunidades. O nosso último lançamento, a música "Caso de Desamor", que nós fizemos em parceria com a Banda Jornal Uruará, não teve a repercussão que nós esperávamos, e nós ficamos muito frustrados e desanimados. Nós até tentamos dar a volta por cima com uma participação na música "Amo noite e dia", do InuYasha, que era um cantor que estava em ascenção em agosto de 2023, mas não foi suficiente para reverter a situação. Nós percebemos que a dupla não tinha mais futuro, e decidimos encerrar a parceria de forma amigável e respeitosa.

Como foi a transição de cantor para compositor?

Mike: Foi uma transição natural, porque eu sempre gostei de compor, desde que eu comecei a cantar. Eu sempre tive muitas ideias e inspirações para músicas, e eu gostava de colocar no papel e no violão. Eu já tinha algumas composições próprias, que eu cantava com o Pac na dupla, e outras que eu guardava para mim. Depois que a dupla acabou, eu decidi me dedicar mais à composição, e comecei a enviar as minhas músicas para alguns artistas e bandas que eu admirava e que eu achava que combinavam com o meu estilo. Para a minha surpresa, muitos deles gostaram das minhas músicas e quiseram gravá-las. Foi assim que eu comecei a fazer parte do cenário musical como compositor.

Quais são as suas principais influências e inspirações como compositor?

Mike: Eu tenho muitas influências e inspirações, mas eu diria que as principais são os grandes nomes da música sertaneja, como Chitãozinho e Xororó, Zezé di Camargo e Luciano, Bruno e Marrone, Jorge e Mateus, entre outros. Eu também gosto muito de ouvir outros gêneros musicais, como rock, pop, reggae, rap, etc. Eu acho que a música é universal, e que podemos aprender e nos inspirar com diferentes ritmos e melodias. Eu procuro compor músicas que falem sobre o amor, a vida, os sentimentos, as dificuldades, as alegrias, enfim, tudo o que faz parte da nossa existência. Eu tento transmitir nas minhas letras a minha verdade, a minha emoção, a minha paixão pela música.

Quais são as suas composições de maior destaque e sucesso?

Mike: Eu tenho algumas composições que eu me orgulho muito, e que fizeram bastante sucesso nas vozes de outros artistas e bandas. Algumas delas são: "Eu te levo pra gente se amar" da banda Nico Demo e os Japoneses, que é uma música romântica e animada, que fala sobre a vontade de viajar e se aventurar com a pessoa amada; "Condor" da banda Tagincais do Vale, que é uma música que mistura elementos do rock e do sertanejo, e que fala sobre a liberdade e a força de um condor, que é uma ave símbolo da América do Sul; "O Nosso Tempo é Hoje" da Banda Creative Squad, que é uma música que fala sobre aproveitar o momento presente, sem se preocupar com o passado ou o futuro; e "Pra Recomeçar" da Banda Jornal Uruará, que é uma música que fala sobre a esperança e a vontade de recomeçar a vida após um término de relacionamento.

Quais são os seus planos para o futuro?

Mike: Os meus planos para o futuro são continuar compondo e fazendo música, que é o que eu amo fazer. Eu também tenho vontade de voltar a cantar, mas dessa vez como artista solo. Eu acho que eu ainda tenho muito a mostrar e a oferecer como cantor, e eu gostaria de ter a oportunidade de gravar as minhas próprias músicas e de mostrar o meu trabalho para o público. Eu também tenho vontade de fazer parcerias e colaborações com outros artistas e bandas, de diferentes estilos e gêneros musicais. Eu acho que a música é uma forma de arte que pode unir e integrar as pessoas, e eu quero fazer parte disso.